O sell-off da bolsa americana
O ano de 2018 terminou com o pior desempenho do S&P em uma década (-6,2%) após cair 9% em dezembro. O forte crescimento da economia americana, a geração recorde de empregos e o corte de impostos para as empresas não foram suficientes para fazer a bolsa subir. Os candidatos à culpa são as incertezas com as tensões comerciais entre EUA e China e o ciclo de aperto monetário americano. Por hora a economia americana não deu sinais de desaceleração ou dos problemas listados no artigo Bull Market não morre de velhice de junho.
Do outro lado, dados correntes da China como a queda na venda de veículos, de smartphones e nas importações, indicam uma desaceleração no consumo interno. A queda das matérias-primas como aço, celulose e petróleo também são atribuídas à fraqueza chinesa. Nos últimos dias o governo reduziu o depósito compulsório dos bancos e anunciou investimentos em infraestrutura para estimular a economia. A fraqueza concomitante das pesquisas com empresários (PMI) de diversos países desenvolvidos causam o temor de uma desaceleração global em curso.
Dessa vez o Brasil passou ao largo das turbulências internacionais. Anestesiado com a perspectiva de aceleração da economia desde as eleições, o Ibovespa cedeu apenas -1,8% em dezembro para fechar o ano em alta de 15%, melhor desempenho em moeda própria do mundo.
The Best And Worst Performing Markets Of 2018 https://t.co/msFShBuYMp
— zerohedge (@zerohedge) 1 de janeiro de 2019
Resultado
30-nov-18 | 31-dez-18 | Variação | |
Versa | 6,07 | 6,21 | +2,3% |
Fit | 0,92 | 0,93 | +1,3% |
CDI aa | 6,4% | 6,4% | +0,5% |
Ibovespa | 89.504 | 87.887 | -1,8% |
Mesmo com a bolsa em queda os livros Long (comprado) e Short (vendido à descoberto) subiram em dezembro. As ações compradas subiram 6,2% enquanto as vendidas subiram 3,9%. O ganho do long & short foi compensado pela perda nas opções de bolsa, na maior parte de índice futuro e o resto de Petrobrás e Usiminas
Livro | Posição Versa | P&L Versa | Posição Fit | P&L Fit |
Long | 198% | +12,3% | 103% | +6,2% |
Short | -128% | -5,0% | -70% | -2,5% |
Opç Bolsa | 105% | -4,5% | +56% | -2,5% |
Opç Dólar | -2% | -0,1% | -1% | -0% |
CDI | +0,5% | +0,5% | ||
Taxas | -0,3% | -0,3% | ||
Resultado | +2,3% | +1,3% |
As ações da Locamérica tiveram bom desempenho após a conclusão da oferta de ações anunciada no final de novembro. Com a captação ~R$ 1 bilhão a companhia reduziu em 1/3 seu endividamento e se tornou a menos alavancada (dívida-líquida/ebitda) entre as maiores do setor. Além de mitigar o risco da empresa, a Locamérica poderá eliminar as dívidas mais caras e investir no crescimento da frota. Hering foi destaque da carteira pelo 4° mês consecutivo. A ação continuou a subir na expectativa de melhores vendas e margens após as mudanças implementadas pelo novo diretor de produtos e lojas Thiago Hering. Trisul e Even acompanharam o otimismo com a recuperação do setor enquanto BrProperties anunciou a recompra do bônus perpétuo.
Δ Ação | Versa | Fit | |
LCAM3 | +11% | 3,1% | 1,6% |
HGTX3 | +13% | 3,0% | 1,5% |
TRIS3 | +22% | 2,7% | 1,4% |
EVEN3 | +17% | 2,1% | 1,1% |
BRPR3 | +7% | 1,6% | 0,8% |
RADL3 | -8% | 1,0% | 0,6% |
maiores ganhos em dezembro
IRB, uma das maiores altas da bolsa em 2018, terminou o ano no mesmo ritmo que começou, enquanto Natura teve forte recuperação após o resultado melhor que o esperado do 3° trimestre. Suzano caiu junto à celulose na China e a apreciação do Real, enquanto Linx subiu na expectativa de bons resultados do Linxpay, iniciativa da empresa no competitivo mercado de adquirência.
Δ Ação | Versa | Fit | |
IRBR3 | +12% | -1,7% | -0,9% |
NATU3 | +10% | -1,5% | -0,8% |
SUZB3 | -7% | -1,4% | -0,7% |
LINX3 | +16% | -1,1% | -0,6% |
maiores perdas em dezembro