Setembro foi mais um mês forte para o mercado acionário brasileiro em relação ao mercado internacional. Nosso Ibovespa ficou estável no mês enquanto o S&P 500, principal índice de ações americano, teve queda de -9,34%. O índice brasileiro foi ajudado por ações do setor bancário, além de casos específicos como Vale, Weg, Equatorial e Gerdau, que compensaram quedas em ações sensíveis à eleição presidencial, como Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras.
Neste mês o banco central brasileiro interrompeu o ciclo de altas de juros que levou a taxa selic a subir de 2,00% em março/2021 para 13,75% atualmente. Nos EUA, onde o ciclo de alta de juros para combater a inflação persistente começou há poucos meses, o Federal Reserve aumentou os juros em +75 pontos base, elevando a meta para a taxa básica para 3,00%-3,25%. Como comentamos nas últimas cartas, o Brasil está à frente das economias desenvolvidas no que tange ao aperto monetário necessário para conter a inflação. Isso vem favorecendo as ações brasileiras em relação às americanas. Por aqui o mercado já vislumbra uma queda de juros no ano de 2023, o que favorece tanto o lucro potencial das empresas brasileiras (devido à consequente queda de despesa com serviço de dívida) quanto o nível de valuation em que as ações podem negociar (devido à menor taxa de desconto aplicada aos futuros fluxos de caixa das companhias).
Os fundos da Versa se beneficiaram novamente desse cenário de dicotomia entre o mercado acionário americano e brasileiro. Os fundos Versa, Fit, Tracker e Institucional FIA subiram +29,0%, +14,9%, +4,9% e +3,1%, respectivamente. Nos fundos long-biased o maior ganho do mês veio da posição de hedge no S&P 500, onde a queda de -9,34% contribuiu +21,18 pontos percentuais ao desempenho do Versa e +10,39 pontos percentuais ao desempenho do Fit. Além do hedge, tivemos contribuições positivas das posições em Vittia, Aliansce, Even e Multilaser. Essas ações subiram +25,55%, +13,2%, +16,16% e +9,17%, respectivamente. Essas posições compensaram perdas com Lojas Marisa, Neoenergia, BR Partners, Grupo Soma e Guararapes.
Enquanto escrevemos, o mercado brasileiro reage positivamente ao resultado do primeiro turno das eleições de 2022, refletindo um desempenho acima do esperado pelo o atual presidente e sua base no congresso nacional. O ex-presidente Lula ainda nos parece favorito no 2o turno, mas a composição do novo congresso indica que caso ele ganhe, não terá vida fácil para aprovar medidas mais controversas e com potencial impacto econômico negativo. E mesmo que uma vitória do atual presidente ainda seja improvável, é mais provável que se esperava antes de 2 de outubro. Com isso, o balanço de riscos para a economia e para os ativos brasileiros melhorou, favorecendo nossa posição comprada em ativos locais.
Agradecemos a confiança depositada.
Atenciosamente.
Equipe Versa
Resultado dos fundos
Atribuição de Performance
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