Resultado Mensal (Setembro/21)

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Setembro foi um mês desafiador para o mercado de ações mundialmente, especialmente no Brasil. O S&P 500, principal índice de ações dos Estados Unidos, teve queda de -4,8%. Aqui no Brasil, o índice bovespa cedeu -6,6%. O índice de ações brasileiro está no nível mais baixo desde fevereiro deste ano, pressionado por diversos fatores: (1) o desafio fiscal constante do governo federal, hoje imbuído na difícil tarefa de pagar precatórios e atender demandas sociais de um país com desemprego e inflação alta sem quebrar as regras de responsabilidade fiscal; (2) a inflação em alta, alimentando expectativas de um forte ciclo de aumento nos juros, o que naturalmente pagaria seu preço para a atividade em 2022; (3) receios ligados à Evergrande, uma construtora chinesa altamente endividada que enfrenta dificuldades para honrar seus compromissos financeiros; e (4) o possível “começo do fim” dos estímulos monetários nos Estados Unidos.

O ambiente pesou sobre os fundos da casa. Tivemos queda de -11,8%, -5,5%, -6,4% e -13,2% nos fundos Versa, Fit, Charger e Tracker, respectivamente. No Tracker, o destaque negativo veio das posições aplicadas em juros, impactadas pela inflação mais elevada e pressão nos prêmios de risco pelo lado fiscal.  As principais perdas em ações vieram do livro de ações compradas: Lojas Marisa (-18,2%), Vale (-22,9%), BR Partners (-16,4%), Guararapes (-10,4%) e Ternium (-21,8%). 

Do lado do varejo, onde as ações hoje negociam próximo dos valores vistos no período de máxima incerteza em relação ao covid-19 no início de 2020, pesa o ambiente de baixo crescimento, aperto de crédito e inflação alta, itens que comprometem dois alicerces das vendas no varejo (crédito e renda). 

Do lado das commodities (Vale e Ternium), a queda das ações reflete o medo com a possível falência da Evergrande, que poderia causar um efeito cascata de desaceleração da atividade de construção na China, setor importante para a economia e para o consumo de aço e minério de ferro. Do lado do minério de ferro/Vale, a Evergrande se soma a outro desafio importante para o setor: o esforço do governo chinês em reduzir as emissões de gases de efeito estufa com menos produção de aço (e consumo de minério). O cenário nos levou a zerar a posição comprada em Vale no final de setembro (sim, um pouco tarde demais). Não podemos descartar a possibilidade da normalização do balanço de oferta e demanda por minério, que ficou bastante favorável à Vale desde o rompimento da barragem de Brumadinho. Além da China reduzir a produção de aço, a própria produção de minério da Vale está se recuperando. Em um cenário de preços de minério de US$75/tonelada, mesmo preço que tínhamos antes do rompimento da barragem de Brumadinho, as ações da Vale não estariam mais uma barganha, como estiveram nos últimos 2,5 anos. Seu free cash flow yield neste cenário seria 11%, valor inferior ao yield médio de ~30% que nos atraiu à Vale nos últimos tempos.

Na Ternium, mantemos posição comprada por enxergar menos risco no cenário de oferta/demanda por aço, em especial devido à potencial queda de produção de aço na China, país responsável por metade da produção de aço do mundo e que nos últimos anos inundou o mercado mundial de aço. A reversão disso tende a favorecer as siderúrgicas fora da China. E como sempre dizemos, a Ternium é a melhor e mais barata siderúrgica do planeta. Sua alta rentabilidade oferece hoje um free cash flow yield de >50%.

Disponibilizamos mais detalhes sobre os principais ganhos e perdas do mês nas tabelas.

Agradecemos a confiança depositada,

Equipe Versa

Resultado dos Fundos

Atribuição de Performance

Destaques Positivos

Destaques Negativos

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