Resultado Mensal (Junho/22)

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Junho foi um mês ruim para ativos de risco mundialmente (S&P 500 -8,4%, Ibovespa -11,5%), fechando com pessimismo um semestre que por fim foi um dos piores inícios de ano para o mercado de capitais em muito tempo. Desde o início do ano, O S&P 500 cai -20,6%. Foi o pior primeiro semestre para o índice desde 1970, quando a economia americana lutava contra a mesma doença com a qual luta hoje: a inflação. A única forma de combater a inflação é com alta de juros, remédio importante mas cujos efeitos colaterais atingem diretamente o cenário econômico via redução da atividade e destruição do apetite a risco e por consequência o valor de ativos como ações, criptomoedas e commodities. Bitcoin, a principal e mais antiga criptomoeda do mercado, caiu -60% desde o início do ano. Algumas commodities, mesmo antes de vir o efeito direto do aperto monetário que acabou de começar nos EUA, já recuaram dos picos vistos no início de 2022. Exemplos: algodão, trigo, milho, soja, açúcar, cobre, minério de ferro, aço. O CRB index, índice que compila o desempenho de uma cesta de commodities, teve queda de -7% desde o início de maio. Tudo isso reflete, em nossa visão, o início da retirada dos estímulos monetários usados na pandemia, em especial nas economias desenvolvidas como os EUA. E apesar do impacto ter sido relevante principalmente para ações e criptomoedas, o processo de aperto monetário está longe do fim. Sobre o pouco que já foi feito, o reflexo na economia real tende a ser defasado, o que sugere para nós que ainda teremos notícias negativas sobre atividade nas principais economias do mundo nos próximos meses, justificando manutenção de nossa posição vendida a descoberto no S&P 500 como hedge para nossos investimentos aqui no Brasil, investimentos cujos preços atuais refletem pessimismo excessivo com o potencial gerador de lucros das empresas quando finalmente atravessarmos esse ambiente de juros e inflação alta que estamos vivendo.

Apesar da posição vendida em S&P 500 que carregamos desde dezembro como proteção para a carteira, não conseguimos escapar do cenário desafiador para ações, principalmente devido à nossa exposição ao setor de varejo brasileiro, um setor sensível ao cenário de renda real e crédito, principais desafios econômicos do momento. Apesar de concordarmos que o cenário não está fácil para esses ativos, lembramos que o Brasil está à frente dos principais bancos centrais do mundo no que diz respeito a aperto monetário. Por aqui os juros já subiram de 2% para 13,25%. Com isso, achamos difícil termos novas pressões ligadas a esse tema. E com muitas das ações do setor negociando nos níveis mais baixos dos últimos 10-15 anos, achamos que o aperto monetário no caso dessas empresas já está precificado. Mantemos então nosso posicionamento long Brasil, sendo nossa carteira de ações bastante diferente do índice bovespa, financiado por uma posição vendida a descoberto em contratos de BOVA11, protegido por uma posição vendida a descoberto em S&P futuro.

Desempenho do mês: em junho, tivemos quedas de -15,2%, -5,7%, -22,8% e -14,8% no Versa, Fit, Tracker e Institucional FIA (antigamente chamado de Charger), respectivamente. As principais perdas do mês vieram das posições em Lojas Marisa, Grupo Soma, Vittia, Bradesco e Multilaser.

Mais detalhes sobre o desempenho dos fundos nas tabelas abaixo.

Agradecemos a confiança depositada.

Equipe Versa

Resultado dos fundos

Atribuição de Performance

Disclaimer: As opiniões, análises e informações contidas nesse artigo não constituem recomendação de investimento, nem tampouco material de oferta para subscrição, compra ou venda de títulos ou valores mobiliários, instrumentos financeiros, cotas em fundos de investimento ou qualquer produto ou serviço de investimentos. Declarações contidas neste artigo relativas às perspectivas dos negócios, projeções de resultados operacionais e financeiros, bem como referências ao potencial de crescimento das companhias citadas, constituem meras previsões, baseadas nas expectativas do analista responsável em relação ao futuro. Essas expectativas são altamente dependentes de fatores incertos, como o comportamento do mercado, da situação econômica do Brasil, da indústria e dos mercados internacionais. Portanto, cada declaração aqui escrita está sujeita a mudanças, e não deve ser utilizada como insumo para qualquer estratégia de investimento pessoal ou institucional. A Versa Gestora de Recursos Ltda., seus sócios e colaboradores, por meio dos fundos de investimentos da casa, podem ou não estarem posicionados em títulos e valores mobiliários de emissores aqui mencionados, de forma que eventualmente influencie nas opiniões e análises aqui presentes.