Resultado Mensal (Dez/19): Versa +38,3%; Fit +21,9%; Charger +16,7%; Tracker +8,4%

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Carta Mensal

Dezembro foi mais um mês positivo para ativos de risco no mundo. Nos EUA, o mercado de ações refletiu a continuidade do processo de apaziguamento entre EUA e China (S&P 500 +2,9%) enquanto os dados macroeconômicos mostraram sinais mistos: manufatura de lado ou caindo e serviços melhorando em linha com um forte mercado de trabalho. Aqui no Brasil os mercados consolidaram o ambiente de bull market, com sinais positivos por toda parte: (1) o PIB do 3T19 surpreendeu positivamente às estimativas de mercado; (2) os dados de inflação mostraram um cenário benigno apesar de choques de curto prazo; (3) o mercado de trabalho surpreendeu positivamente, com criação de 99 mil postos de trabalho; (4) as pesquisas de confiança da indústria e do consumidor continuaram melhorando; e (5) conforme esperado, o banco central reduziu a taxa SELIC em 0,5pp. O índice Bovespa teve forte alta de +6,9%. Os fundos da casa desempenharam de acordo com esse pano de fundo otimista, levados pelo livro comprado em ações. Versa subiu +38,3%, Fit +21,9%, Tracker +8,4% e Charger +16,7%. Para mais detalhes sobre os dados econômicos do mês, veja nossos artigos semanais macro (aqui, aqui, aqui).

Resultados Fundos

29-nov-1930-dez-19Variação
Versa6,819,41+38,3%
Fit0,981,19+21,9%
Tracker1,211,31+8,4%
Charger1,321,54+16,6%
CDI aa4,9%4,4%0,4%
Ibovespa108.233115.645+6,9%

 

Estratégias do Versa LB FIM e Fit LB FIM

LivroPosição VersaP&L VersaPosição Fit P&L
Fit
Long226,8%+43,4%125,9%+22,9%
Short-137,4%-10,3%-76,0%-5,2%
Opç Bolsa112,3%+9,1%62,2%+4,7%
Opç Dol-69,4%+3,5%-41,3%+1,9%
CDI+0,4%+0,4%
Taxas-7,8%-2,8%
Resultado+38,3%+21,9%

 

Estratégia do Charger FIA

LivroPosição ChargerP&L Charger
Long100%+19,5%
Taxas-2,8%
Resultado+16,7%

 

Estratégias do Tracker FIM

LivroPosição TrackerP&L Tracker
Long/Short7,3%+3,3%
Câmbio-57,7%+3,2%
Pré50,2%0,3%
RF-Stocks21,8%+2,3%
CDI+0,4%
Taxas-2,3%
Resultado+8,4%

 

Destaques Positivos

Do lado positivo destacamos as ações da SLC Agricola, de empresas ligadas à atividade doméstica (Unidas, Via-Varejo) e do setor imobiliário (BR Properties, Trisul). Investimos na SLC Agricola em meados de 2019, mirando uma recuperação do mercado de grãos com a recomposição do rebanho mundial de suínos após o surto de febre suína africana na China e com uma quebra de safra nos EUA. Esse processo, que iniciou em plena guerra comercial entre EUA e China, favoreceu produtores brasileiros de soja e milho. Desde maio/2019, os preços da soja e milho no atacado (porto de Paranaguá) subiram +14% e +18%, respectivamente. O algodão, principal produto da SLC, também teve desempenho positivo nos últimos meses, reagindo ao renovado otimismo macroeconômico global e aos preços do petróleo (insumo importante para as fibras sintéticas que competem com o algodão para atender à indústria têxtil). A alta de preços generalizada para os produtos da SLC Agricola nos fez atualizar nossas estimativas para a Cia. Acreditamos que a safra 2019/2020 terá EBITDA (lucro operacional) de ~R$850 milhões, +21% acima do recorde de R$700 milhões estabelecido em 2018/2019. As ações da Cia subiram +29% no mês de dezembro.

As ações da Unidas (LCAM3) tiveram alta de +31% em dezembro, mesmo com a empresa emitindo quase 94 milhões de novas ações no mercado. A emissão arrecadou R$1,2 bilhão, recursos que devem financiar o contínuo crescimento da empresa no mercado de aluguel de veículos.

A Via-Varejo, cujas ações subiram +27%, surfou o otimismo em torno do setor de varejo no Black Friday e no Natal. O benefício macro vem em boa hora, coincidindo com a execução pela nova diretoria da Cia de uma agenda de melhorias internas visando melhorar os resultados nos próximos trimestres.

As ações da Trisul continuaram reagindo ao momento favorável para o setor imobiliário no país diante da queda de juros e maior disponibilidade de crédito. A BR Properties, que também atua no setor imobiliário, reagiu às melhores perspectivas para a economia brasileira. Seu negócio de aluguel de lages comerciais é diretamente impactado pela atividade doméstica.

Δ AçãoVersaFit
SLCE3+29,2%+5,8%+3,3%
LCAM3+30,7%+5,1%+2,9%
VVAR3+26,8%+3,7%+1,9%
BRPR3+12,5%+3,2%+1,7%
TRIS3+15,0%+2,6%+1,3%

maiores ganhos em dezembro

Destaques Negativos

Os destaques negativos foram pouco relevantes para resultado final de dezembro. Vale lembrar que as posições de venda a descoberto, antes de trazerem resultados positivos ou negativos para a carteira, servem a função importante de financiar maiores posições no livro de ações compradas. Dá para dizer que o mês de dezembro, mesmo com perdas no livro vendido a descoberto, foi um bom exemplo disso. O maior item da carteira vendida a descoberto são os contratos de BOVA11, um fundo passivo que busca refletir o desempenho do Ibovespa. Em dezembro, BOVA11 subiu junto com a bolsa. O otimismo espalhou também para as ações das empresas Weg, Natura, Magazine Luiza e Linx.

Δ AçãoVersaFit
BOVA11+6,6%-3,9%-2,1%
WEGE3+13,9%-1,3%-0,7%
NTCO3+16,8%-0,7%-0,4%
MGLU3+5,9%-0,5%-0,3%
LINX3+11,5%-0,4%-0,3%

maiores perdas em dezembro

Disclaimer: As opiniões, análises e informações contidas nesse artigo não constituem recomendação de investimento, nem tampouco material de oferta para subscrição, compra ou venda de títulos ou valores mobiliários, instrumentos financeiros, cotas em fundos de investimento ou qualquer produto ou serviço de investimentos. Declarações contidas neste artigo relativas às perspectivas dos negócios, projeções de resultados operacionais e financeiros, bem como referências ao potencial de crescimento das companhias citadas, constituem meras previsões, baseadas nas expectativas do analista responsável em relação ao futuro. Essas expectativas são altamente dependentes de fatores incertos, como o comportamento do mercado, da situação econômica do Brasil, da indústria e dos mercados internacionais. Portanto, cada declaração aqui escrita está sujeita a mudanças, e não deve ser utilizada como insumo para qualquer estratégia de investimento pessoal ou institucional. A Versa Gestora de Recursos Ltda., seus sócios e colaboradores, por meio dos fundos de investimentos da casa, podem ou não estarem posicionados em títulos e valores mobiliários de emissores aqui mencionados, de forma que eventualmente influencie nas opiniões e análises aqui presentes.