Resultado Mensal (Março/24)

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Em março, o mercado acionário americano teve mais um desempenho positivo (S&P 500 +3,1%), levado pelo tom inalterado do banco central americano sobre o cenário de inflação e juros em sua decisão de manter a taxa básica de juros estável entre 5,25% e 5,50%. Como escrevemos em cartas recentes, o início do ano trouxe um ajuste para cima nas expectativas de juros nos EUA (e também aqui no Brasil) por conta de dados mostrando uma inflação persistente e um mercado de trabalho aquecido por lá. Dito isso, no último mês o mercado recebeu bem o fato do FED não ter demonstrado maior preocupação na margem com esses dados, mesmo com novas divulgações de inflação e emprego acima das expectativas nas últimas semanas. A taxa dos títulos com vencimento em 10 anos nos EUA caiu de 4,25% no fim de fevereiro para 4,20% no fim de março. O FED continua indicando que deve iniciar o processo de redução de juros em algum momento este ano. De acordo com o CMEFedWatch, os contratos de juros futuros nos EUA precificam probabilidade de 64,6% de que o ciclo de cortes inicie em junho/2024. Nesse contexto, acreditamos que o forte desempenho do S&P 500 desde o início do ano (e no último mês) reflete três percepções dos agentes econômicos: (1) o ciclo restrição monetária está no fim ou perto dele; (2) o FED conseguiu domar a inflação sem repercussão negativa relevante para a atividade econômica; e (3) otimismo com inteligência artificial, em especial para as ações de tecnologia tão presentes no S&P 500.

Aqui no Brasil o Ibovespa caiu -0,7%, impactado por quedas em Petrobras, Vale, Ambev, Eletrobras e B3. A Petrobras caiu após seu conselho de administração votar pela não distribuição de um dividendo extraordinário. A queda da Vale seguiu a queda do preço do minério de ferro na China. A queda da bolsa aqui no Brasil reflete em parte também o aumento dos juros futuros pré-fixados, que subiram 20-30 pontos base (dependendo do vencimento) após divulgação de dados acima do esperado para inflação e emprego no mês. Mas o mês não foi negativo para toda a bolsa. Ações ligadas ao setores de varejo, construção civil e bancos tiveram bom desempenho, respondendo em nossa opinião a dados positivos de crédito, que vem mostrando melhorias em índices de inadimplência e de concessão de empréstimos para indivíduos no Brasil. O cenário mais positivo para crédito ao consumidor se soma ao ambiente também aquecido de emprego e renda, formando uma combinação favorável para empresas desses setores pois suas vendas dependem exatamente de crédito e renda. O setor do varejo em específico acaba de reportar resultados que no geral foram fortes no 4o tri de 2023. Acreditamos que a leitura do mercado de ações é que isso deve continuar nos próximos trimestres, com ajuda da geração de empregos e concessão de crédito ao consumidor, leitura essa com a qual concordamos.

Resultado do Versa Institucional FIA (nossa principal carteira de ações)

A carteira de ações que serve de base para nossos fundos, representada pelo fundo Versa Institucional FIA, teve bom desempenho em março, puxada por altas nas ações de Guararapes, Grupo Soma, Trisul, Multilaser e BR Partners. Essas mais que compensaram perdas em Vivara, JBS, Energisa, Vittia, Vulcabras e Banco do Brasil. O Versa Institucional FIA subiu +3,2% no mês.

Institucional FIA
+Posição Long3,35%
+Caixa e custos-0,19%
=Total3,16%
-Benchmark (Ibov)-0,71%
=Excesso Benchmark3,87%
Destaques do mês- Institucional FIA
MaioresContribuiçãoMenoresContribuição
Guararapes1,94%Vivara-1,07%
BR Partners0,91%JBS-0,59%
Grupo Soma0,89%Energisa-0,40%
Trisul0,77%Vittia-0,24%
Multilaser0,63%Moura Dubeux-0,17%

Resultado dos fundos Long-Biased (carteira de ações mais alavancagem)

Nossos fundos long-biased em geral entregam resultado na mesma direção que o Institucional FIA, porém em maior grau devido à alavancagem dos mesmos. Assim foi em março, quando o Versa teve alta de +4,3% e o Fit subiu +4,4%.

Versa Long Biased
Carteira long (Institucional)3,16%
x
Alavancagem2,31
+Posição Long8,49%
Carteira short (Bova11)1,6%
x
Alavancagem short-0,33
=
+Posição Short-0,53%
+Vol-0,01%
+Financiamento, Caixa e Custos-3,64%
=Total4,30%
-Benchmark (CDI)0,83%
=Excesso Benchmark3,47%
Fit Long Biased
Carteira long (Institucional)3,16%
x
Alavancagem1,90
+Posição Long8,28%
Carteira short (Bova11)1,9%
x
Alavancagem short-0,62
=
+Posição Short-1,20%
+Vol0,00%
+Financiamento, Caixa e Custos-2,72%
=Total4,37%
-Benchmark (CDI)0,83%
=Excesso Benchmark3,54%

Resultado do fundo Versa Genesis

Em março, o fundo Versa Genesis registrou uma queda de 6,3%, influenciada em parte pelo aumento das taxas futuras de juros no Brasil, conforme mencionado anteriormente.

Destacamos como contribuições positivas para o fundo a reação favorável das ações de Copasa (CSMG3) a dois eventos importantes: o anúncio de dividendos acima das expectativas durante o mês e o plano de reestruturação da dívida dos estados proposto pelo governo federal.

O plano de reestruturação oferece aos governadores a opção de federalizar empresas estaduais, como a Codemig em 

Minas Gerais, o que poderia resultar em benefícios significativos, incluindo redução das taxas de juros da dívida. Na nossa visão, a decisão sobre a federalização das empresas estaduais, como Cemig e Copasa, fica agora nas mãos do governador Romeu Zema.

No entanto, registramos contribuições negativas vindas das ações de Ecorodovias e Energisa, que apesar de apresentarem resultados positivos, foram afetadas pelo aumento da taxa de juros futuro. 

As principais posições do fundo permanecem em Copasa, Ecorodovias e Energisa.

Genesis
Carteira long-3,02%
x
Alavancagem1,99
=
+Posição Long-5,99%
+Financiamento, Caixa e Custos-0,28%
=Total-6,28%
-Benchmark (IPCA +YIMA-B)1,02%
=Excesso Benchmark-7,29%
Destaques do mês - Genesis
MaioresContribuiçãoMenoresContribuição
Copasa2,46%EcoRodovias-3,52%
Sabesp0,61%Energisa-1,90%
CPFL Energia-0,37%Neoenergia-1,69%
TIM-0,38%Allos-0,61%
Copel-0,59%Copel-0,59%

Resultado do fundo macro Versa Tracker

O aumento das taxas de juros pré-fixadas, comentado no início da carta, impactou negativamente o resultado do Tracker, que terminou o mês com perda de -3,8%.

Tracker
+Bolsa-0,45%
+Macro-3,07%
+Hedge-1,05%
+Caixa e Custos0,74%
=Total-3,83%
-Benchmark (CDI)0,83%
=Excesso Benchmark-4,66%

Agradecemos a confiança depositada.

Atenciosamente,

Equipe Versa


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