Resultado Mensal (Abril/22)

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Abril foi um mês negativo para mercados de risco no mundo. O S&P 500, principal índice americano de ações, caiu -8,8%. Isso fez de abril o pior mês para o S&P 500 desde março/2020, mês em que o mercado acionário mundial sofreu com o início dos lockdowns utilizados para combater a pandemia. As principais baixas ocorreram no setor de tecnologia, com quedas fortes para Amazon, Google, Tesla e Netflix. Estamos no meio da temporada de resultados trimestrais. Com exceção da Tesla, os resultados dessas empresas decepcionaram as expectativas. No caso da Tesla, mesmo um resultado recorde e acima das expectativas não impediu uma queda de -19,2% para as ações no mês. E todas essas ações tiveram o que o mercado chama de “de-rating”: quando as ações caem mais que a expectativa do mercado para os lucros das respectivas empresas. Reflete, em nossa visão, pessimismo do mercado com um tema sobre o qual temos falado repetidamente em nossas cartas esse ano: o grande aperto monetário ainda por vir no mundo desenvolvido para conter as pressões inflacionárias que o período da pandemia nos deixou. Aperto monetário se dá por aumentos de juros, que servem para reduzir o apetite a risco e portanto o valor de empresas listadas em bolsa. É o principal motivo por termos uma posição vendida a descoberto em contratos de S&P 500 desde o início do ano. Com a queda do último mês, o S&P 500 acumulou perda de -13,3% do início do ano até o final de abril. O de-rating do índice, medido pela queda do seu múltiplo Preço/Lucro, é de -17% desde o início deste ano.

A bolsa brasileira não foi poupada. Em abril o Ibovespa caiu -10,1%, impactado principalmente por quedas nas ações de Hapvida, Rede D’Or, Americanas, Meliuz, BRF, Banco Inter, Magazine Luiza, Natura, Via e Locaweb. Algumas dessas empresas são vistas como “growth stocks”, uma ótica que as coloca no mesmo bolo que as empresas de tecnologia que tanto pesaram sob o S&P 500 no mês. Todas essas ações caíram mais de 25% em abril.

Nosso produto flagship (Fundo Versa) teve uma queda menor que o Ibovespa (-6,0%, vs. -10,1%), com as principais perdas vindo das posições em Lojas Marisa, Grupo Soma, Guararapes, Yduqs e Bradesco. Em tempos normais para o Versa, quedas fortes na carteira long como o que vimos em abril levariam o fundo a ter perdas maiores que as do Ibovespa. Evitamos esse cenário devido a nossa posição vendida a descoberto em S&P 500, como mencionado anteriormente. A posição vendida em S&P contribuiu com +14,6% para a cota do Versa em abril. Nossos fundos Versa Fit, Versa Tracker e Versa Institucional FIA tiveram quedas de -1,1%, -12,3% e -11,5%, respectivamente.

Mais detalhes sobre o desempenho dos fundos nas tabelas abaixo.

Agradecemos a confiança depositada,

Equipe Versa

Resultado dos fundos

Atribuição de Performance

Disclaimer: As opiniões, análises e informações contidas nesse artigo não constituem recomendação de investimento, nem tampouco material de oferta para subscrição, compra ou venda de títulos ou valores mobiliários, instrumentos financeiros, cotas em fundos de investimento ou qualquer produto ou serviço de investimentos. Declarações contidas neste artigo relativas às perspectivas dos negócios, projeções de resultados operacionais e financeiros, bem como referências ao potencial de crescimento das companhias citadas, constituem meras previsões, baseadas nas expectativas do analista responsável em relação ao futuro. Essas expectativas são altamente dependentes de fatores incertos, como o comportamento do mercado, da situação econômica do Brasil, da indústria e dos mercados internacionais. Portanto, cada declaração aqui escrita está sujeita a mudanças, e não deve ser utilizada como insumo para qualquer estratégia de investimento pessoal ou institucional. A Versa Gestora de Recursos Ltda., seus sócios e colaboradores, por meio dos fundos de investimentos da casa, podem ou não estarem posicionados em títulos e valores mobiliários de emissores aqui mencionados, de forma que eventualmente influencie nas opiniões e análises aqui presentes.