Maio foi mais um mês positivo para as bolsas mundiais. O principal índice americano (S&P 500) subiu +4,53%, terminando o mês a 11% dos picos vistos antes do surto de coronavírus. A bolsa brasileira também avançou (Ibov +8,6%), apesar de: (1) o avanço do coronavírus no mês, com quase 378 mil novos casos notificados em maio; (2) uma temporada de resultados já mostrando efeitos nefastos do distanciamento social para empresas; e (3) o ruído político quase constante no país. Assim como em Abril, acreditamos que o mercado se ancora na ideia de que: (1) no futuro não muito distante teremos boas notícias relacionadas a uma vacina ou tratamento contra covid-19; (2) haverá já alguma flexibilização das restrições de distanciamento social que travaram a economia mundial nos últimos meses; e (3) a economia mundial sairá da pandemia irrigada como nunca de estímulos fiscais e monetários. Os fundos da casa desempenharam de acordo com o otimismo geral, fechando o mês de maio com altas de +14,8%, +7,5%, +9,2% e +7,3% para o Versa, Fit, Charger e Tracker, respectivamente.
Resultados Fundos
Estratégias do Versa LB FIM e Fit LB FIM
Estratégia do Versa Charger FIA
Estratégia do Versa Tracker FIM
Destaques Positivos
Os dois maiores destaques na carteira em maio vieram do setor de varejo: Via-Varejo e Lojas Marisa. Ambas empresas são sensíveis a uma retomada da atividade econômica em um cenário de resolução da pandemia do coronavírus. Após a recuperação do mês, as duas ações seguem abaixo dos seus níveis pré-covid. O terceiro maior ganho do mês veio das opções de índice bovespa, usadas para aumentar a exposição direcional dos fundos Versa e Fit nas últimas semanas. O quarto maior ganho veio da Unidas (LCAM3), outro caso de recuperação na esteira de uma eventual saída da crise econômica causada pelo distanciamento social. O último destaque positivo veio das ações da Vale. A gente vem destacando a resiliência do negócio de minério de ferro da Vale durante a pandemia, ajudado pelo esforço da China em manter ou até aumentar a produção de aço para suportar a economia em 2020. O fenômeno ajudou o preço do minério de ferro atingir valores superiores aos vistos antes do coronavírus. Além disso, as ações da mineradora se beneficiaram da alta do dólar, moeda em que os produtos da Vale são vendidos. Os dois efeitos (preço e dólar) são mais importantes para a empresa do que as notícias recentes de atrasos na recuperação de produção da Cia.
Destaques Negativos
O maior destaque negativo do mês ironicamente veio da carteira de ações compradas: Hering. As ações renovaram suas mínimas do ano em meados de maio, refletindo o forte impacto que o distanciamento social teve no resultado da Cia no primeiro trimestre. Ao contrário de outras varejistas no Brasil, a Hering não pôde contar com uma boa venda no início do ano por causa da má execução da coleção de verão. A virada da nova coleção iniciada em março apresentava boa reposta das consumidoras até o dia 15 mas, devido à quarentena, o canal multimarca cessou as compras da nova coleção impactando o resultado da empresa. Seguimos confiantes que a Hering atravessará essa crise para futuramente apresentar resultados melhores. Os quatro destaques negativos restantes vieram da carteira vendida a descoberto. A carteira de ações vendidas a descoberto permite uma maior exposição comprada aos fundos Versa, Fit e Tracker. É natural que momentos de recuperação do mercado venham com perdas nessa carteira. Nesse mês, o efeito se concentrou nas ações da Magazine Luiza, B3, Brasil Foods e NotreDame Intermédica.
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